O Chupetinha
Luiz C. Rangel
Essa historinha se passou há vinte e cinco anos mais ou menos, no Posto do Bingen, à época ainda de madeira, localizado na rodovia do contorno em Petrópolis. Era mês de junho, o frio intenso, muita neblina e uma garoazinha de fazer doer os ossos. O tráfego era praticamente zero, e por esse motivo, a equipe de ronda integrada por Grecinildo e Rochinha, após umas duas voltas no trecho estacionou no posto, onde estavam de serviço Trancoso e Pindoba, este um patrulheiro novato e de modos um tanto quanto estranhos, pois costumava falar sozinho, correr sem sair do lugar, cantar trechos de ópera etc., segundo alguns, o rapaz era assim esquisito, por ter sido criado sem pai, pela mãe, por uma tia solteirona e pela avó uma velha beata papa hóstia.
Após algumas horas jogando conversa fora, os quatro resolveram fazer um revezamento, onde dois iriam dormir um pouco, enquanto os outros dois ficavam atendendo o rádio e os poucos usuários que se aventuravam em viajar pela madrugada com aquele tempo horrível. Ficou decidido então, que Trancoso e Pindoba iriam descansar primeiro e Grecinildo e Rochinha ficariam em alerta.
Momentos mais tarde, depois de um bom papo, alguns cafezinhos e outros tantos cigarros, Rochinha teve a atenção despertada para um barulhinho estranho, um "sssfíuu, sssfíuu, suave, como um assovio
baixo, melhor ainda, como o barulho feito pelos inúmeros camundongos, que à noite costumavam zanzar pelo posto em busca de migalhas de comida. Como não estava fazendo nada, resolveu pesquisar a origem dos ruídos, e em companhia de Grecinildo começou a fazer uma busca no interior do posto. Procuraram embaixo das mesas, nos cantos, na pequena cozinha, atrás do fogão, do botijão de gás, sob a geladeira e nada. Foram então para a saleta que servia de alojamento, onde os colegas do posto estavam descansando deitados em bancos compridos junto à parede.
Imediatamente os dois perceberam que a intensidade do estranho som havia aumentado naquele local, e, prestando mais atenção, descobriram que o ruído vinha justamente do banco em que Pindoba dormia. Rochinha então, começou a puxar cuidadosamente a coberta, e a cena que se seguiu foi realmente hilária. Pindoba estava deitado virado para a parede, com o tronco e as pernas encolhidos, em posição fetal, e, pasmem "senhores ouvintes" na boca, enfiada até a metade, uma enorme chupeta vermelha que avidamente sugada, produzia o estranho ruído.
Após este inacreditável episódio e por mais de dez anos, Pindoba só era chamado pelos colegas do antigo núcleo 7/5, de "Chupetinha".
É mole ou quer mais?...
Após algumas horas jogando conversa fora, os quatro resolveram fazer um revezamento, onde dois iriam dormir um pouco, enquanto os outros dois ficavam atendendo o rádio e os poucos usuários que se aventuravam em viajar pela madrugada com aquele tempo horrível. Ficou decidido então, que Trancoso e Pindoba iriam descansar primeiro e Grecinildo e Rochinha ficariam em alerta.
Momentos mais tarde, depois de um bom papo, alguns cafezinhos e outros tantos cigarros, Rochinha teve a atenção despertada para um barulhinho estranho, um "sssfíuu, sssfíuu, suave, como um assovio
baixo, melhor ainda, como o barulho feito pelos inúmeros camundongos, que à noite costumavam zanzar pelo posto em busca de migalhas de comida. Como não estava fazendo nada, resolveu pesquisar a origem dos ruídos, e em companhia de Grecinildo começou a fazer uma busca no interior do posto. Procuraram embaixo das mesas, nos cantos, na pequena cozinha, atrás do fogão, do botijão de gás, sob a geladeira e nada. Foram então para a saleta que servia de alojamento, onde os colegas do posto estavam descansando deitados em bancos compridos junto à parede.
Imediatamente os dois perceberam que a intensidade do estranho som havia aumentado naquele local, e, prestando mais atenção, descobriram que o ruído vinha justamente do banco em que Pindoba dormia. Rochinha então, começou a puxar cuidadosamente a coberta, e a cena que se seguiu foi realmente hilária. Pindoba estava deitado virado para a parede, com o tronco e as pernas encolhidos, em posição fetal, e, pasmem "senhores ouvintes" na boca, enfiada até a metade, uma enorme chupeta vermelha que avidamente sugada, produzia o estranho ruído.
Após este inacreditável episódio e por mais de dez anos, Pindoba só era chamado pelos colegas do antigo núcleo 7/5, de "Chupetinha".
É mole ou quer mais?...